Anvisa alerta sobre o efeito do Minoxidil em crianças

Bebês desenvolvendo pelos na testa, nas costas e nos braços: essa foi a reação registrada em algumas crianças europeias expostas ao Minoxidil, medicamento amplamente utilizado no tratamento da calvície. Os casos vêm chamando atenção há pelo menos dois anos, e agora o alerta chegou ao Brasil. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) orienta os pais de recém-nascidos a redobrarem a atenção quanto ao uso da substância.
Nesta terça-feira (15/04), a Anvisa emitiu uma nova recomendação direcionada aos fabricantes de Minoxidil: a bula do medicamento deverá incluir o risco de hipertricose em bebês após exposição acidental à substância. A hipertricose, conhecida popularmente como “síndrome do lobisomem”, é caracterizada pelo crescimento excessivo de pelos em várias partes do corpo.
A agência também reforçou orientações aos profissionais de saúde, pedindo que alertem os pacientes sobre a importância de evitar o contato de bebês com regiões onde o produto foi aplicado. Além disso, os pais devem lavar bem as mãos após o uso do Minoxidil para evitar a transferência do medicamento à criança.
Os primeiros registros do problema surgiram na Espanha. Ao todo, o Centro de Farmacovigilância de Navarra identificou 11 casos, detalhados em um relatório. A principal hipótese dos especialistas é que os bebês tiveram contato com o Minoxidil tópico utilizado por seus pais. Como a pele das crianças é mais fina e permeável, a absorção da substância teria sido maior do que o esperado.
Outra possibilidade levantada é que os pequenos tenham encostado na área do corpo onde o produto foi aplicado e, em seguida, levado a mão à boca, facilitando a exposição ao medicamento. Apesar dos efeitos chamarem atenção, os especialistas afirmam que os casos são reversíveis após a suspensão do contato com o Minoxidil.
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