Azeite vai ficar mais barato com imposto zerado?

O azeite se tornou artigo de luxo nos últimos anos, ficando até mesmo fechado por cadeado em alguns supermercados. Ele foi um dos produtos da lista divulgada pelo governo na quinta-feira (6), que terão a tarifa de importação zerada, visando combater a inflação dos alimentos.
Atualmente, 99,9% do azeite que o Brasil consome é importado, com uma alíquota de 9% que será zerada.
Para economistas entrevistados pelo g1 e para a Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira (Oliva), a medida pode trazer impacto positivo para o bolso do consumidor. Contudo, não é possível precisar ainda o tamanho do desconto que chegará às gôndolas.
Já para o presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Renato Fernandes, a queda do preço não será em função da medida do governo, mas do crescimento da oferta do produto na Europa, onde estão os principais produtores de azeitona.
A Espanha lidera a produção mundial, sendo responsável por 42% do fornecimento, seguida pela Itália (9,7%) e Grécia (8,2%), aponta o Conselho Oleícola Internacional (COI). Além disso, o azeite é fundamental para a economia de Portugal.
Para aqueles que acreditam que a medida impactará no preço, um dos principais fatores é a dependência brasileira da importação do azeite. O que não acontece com outros produtos da lista do governo, como o açúcar e o café, cuja maior parte da produção é brasileira.
Para os economistas entrevistados pelo g1, o consumidor pode demorar até 2 meses para sentir o impacto. Isso porque é preciso considerar que os azeites que estão atualmente nos supermercados foram comercializados ainda com a cobrança da taxa.
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