Bolsonaro se torna réu após votação unanime do STF

Mar 26, 2025 - 16:39
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Bolsonaro se torna réu após votação unanime do STF
Ex presidente da Republica Jair Messias Bolsonaro

A Primeira Turma do STF decidiu, por unanimidade, transformar em réus os oito denunciados no caso. Todos os cinco ministros seguiram integralmente o voto do relator, dando início à ação penal que determinará se o ex-presidente e os demais acusados serão condenados ou absolvidos.

O ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo relatório do processo, foi o primeiro a votar pelo recebimento da denúncia. Em um voto que durou cerca de uma hora e meia, ele ressaltou as provas e indícios apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente e seus sete aliados.

Agora, com a denúncia aceita, o tribunal dará continuidade ao julgamento para definir o desfecho do caso.

Os ministros Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin acompanharam integralmente o voto de Alexandre de Moraes, manifestando-se de forma breve.

Durante sua fala, Flávio Dino destacou o impacto de golpes na democracia: "No dia 1º de abril de 1964 também não morreu ninguém. Mas centenas e milhares morreram depois. Golpe de Estado mata." Cármen Lúcia reforçou a posição, afirmando: "Ditadura vive da morte." Já Cristiano Zanin justificou seu posicionamento ao afirmar: "Necessito receber a denúncia para me aprofundar nas questões levantadas."

​A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete de seus aliados, tornando-os réus em uma ação penal. A PGR aponta Bolsonaro como líder de uma organização criminosa envolvida em tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O ministro relator Alexandre de Moraes destacou em seu voto que há "indícios razoáveis" que demonstram a participação do ex-presidente nos fatos investigados pela  Polícia Federal. Os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin acompanharam integralmente o voto de Moraes. Durante a sessão, Flávio Dino ressaltou: "No dia 1º de abril de 1964 também não morreu ninguém. Mas centenas e milhares morreram depois. Golpe de Estado mata." Cármen Lúcia complementou: "Ditadura vive da morte."

Em resposta, Bolsonaro nega as acusações e alega ser vítima de perseguição política, afirmando que o processo contra ele avança a uma velocidade 14 vezes maior que o do mensalão. Ele se tornou o primeiro ex-presidente brasileiro a ser réu por tentativa de atentar contra a democracia.

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