Brasil registra primeiro caso de infecção por fungo altamente transmissível e difícil de tratar

Abr 2, 2025 - 06:33
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Brasil registra primeiro caso de infecção por fungo altamente transmissível e difícil de tratar

    Um homem de 40 anos foi atendido em Piracicaba após apresentar lesões de pele extensas, com muita coceira e recebeu diagnóstico de infecção fúngica, iniciando o tratamento com o antifúngico terbinafina, comumente usados nesses casos, mas sem melhora. O tratamento foi ajustado com outro antifúngico, o que resultou em remissão completa, mas os sintomas voltaram após a interrupção do tratamento.  Ele já havia sido infectado quando chegou ao Brasil e vive em Londres Ele havia viajado por países da Europa e da Ásia, regiões onde o fungo circula há alguns anos. Hoje, segue em tratamento, mas em Londres.

  O caso ocorreu em agosto de 2024, mas foi publicado em fevereiro deste ano na revista Anais Brasileiros de Dermatologia, pela equipe da Santa Casa de São Paulo, em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP).

   Após mais exames foi constatado que as infecções foram causadas pelo vírus Trichophyton indotineae que causam bastante coceira e têm maior chance de se tornarem crônicas ou de voltarem após o uso da medicação, mesmo em pacientes saudáveis que realizam o tratamento adequado prescrito pelo dermatologista, pois o fungo apresenta maior resistência aos medicamentos antifúngicos mais usados, como a terbinafina. A transmissão ocorre por contato direto com pessoas ou objetos contaminados. Algumas espécies, como Trichophyton rubrum e Trichophyton mentagrophytes, são comuns e tratáveis com antifúngicos, mas outras, como o Trichophyton indotineae, apresentam resistência a medicamentos, o que dificulta o tratamento.

   Até agora, há apenas um caso confirmado no Brasil, importado do exterior. Embora não haja transmissão local, a experiência de outros países indica um alto potencial de disseminação. Por isso, a vigilância e o diagnóstico precoce são essenciais para evitar que a infecção se torne um problema de saúde pública.

   Não existem protocolos específicos nem ações de vigilância ativa voltadas para esse fungo no Brasil. Entre as medidas importantes para evitar a disseminação, ele cita o investimento em testes laboratoriais mais avançados, como os de biologia molecular, que ajudam a identificar o fungo com precisão, além da capacitação dos profissionais de saúde para reconhecer os casos, que muitas vezes fogem do padrão das micoses mais comuns. As informações são do Portal de Notícias O Tempo.

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