Calor combinado com chuva causa aumento considerável em casos de dengue

Os casos de dengue têm aumentado significativamente com a combinação de calor e chuvas, especialmente no estado de São Paulo. Segundo Rivaldo Venâncio, secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, a região registrou o dobro de casos em janeiro de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024, evidenciando o agravamento da situação.
No total, mais de 170 mil casos foram contabilizados em todo o país apenas no primeiro mês do ano. A cidade de São Paulo, por sua vez, confirmou sua primeira morte pela doença no dia 30 de janeiro, reforçando a necessidade de medidas de prevenção, como o combate a criadouros do mosquito Aedes aegypti e a ampliação da vacinação contra a dengue.
Com as chuvas, o acúmulo de poças também aumenta, com isso mais garrafas, vasos e outros locais criam maior número de ambientes ideais para fêmeas depositarem os ovos do mosquito Aedes aegypti. Já as altas temperaturas são necessárias para que eles possam eclodir e liberar mais mosquitos. São eles que carregam o vírus da dengue e contaminam seres humanos com suas picadas. A maioria dos casos se concentra principalmente no Sudeste do país.
Embora o Sudeste e o Sul sejam historicamente mais frios que o Nordeste e menos úmidos que o Norte, o risco de surtos de dengue nessas regiões pode ser ainda maior. Segundo a pesquisadora Cláudia Codeço, coordenadora do InfoDengue da Fiocruz, a menor exposição histórica da população ao vírus faz com que a imunidade natural seja mais baixa, aumentando a vulnerabilidade a epidemias. A especialista destacou essa preocupação em um podcast da entidade, ressaltando a importância de medidas preventivas para conter a disseminação da doença. Com toda essa situação, é de extrema importância sempre evitar deixar garrafas e possíveis objetos que possam servir de criadouro para os mosquitos.
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