Caverna é demolida e outra está ameaçada por mineração em Ouro Preto

Mar 28, 2025 - 06:46
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Caverna é demolida e outra está ameaçada por mineração em Ouro Preto

   Segundo o Portal de Notícias Estado de Minas, uma caverna foi destruída por uma mineradora. A caverna em Ouro Preto ainda não era catalogada e foi destruída com golpes de rompedores hidráulicos e pás das escavadeiras da Patrimonio Mineração. Houve diversas manifestações dos moradores ao redor e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) embargou a área em raio de 250 metros da cavidade. A fundação afirma que o empreendimento não comunicou no licenciamento o encontro de cavernas e as atividades da empresa deveriam estar paralisadas, mas a reportagem constatou que continuam, em todo terreno.

   A Polícia Militar (PMMG) de Meio Ambiente foi chamada e lavrou um boletim de ocorrência. A PMMG constatou pelo registro da ocorrência que a "empresa realizou intervenção noturna, mesmo avisada para não intervir na área após reclamação da comunidade". Os policiais foram acompanhados por um morador da região e a engenheira ambiental da empresa. 

"Assim que a gente da comunidade soube da existência dessa caverna, nós fizemos denúncia na Polícia Ambiental. Os policiais mandaram que parassem os trabalhos. Mas eles os desobedeceram, destruíram a caverna e continuam a trabalhar na área ameaçando uma segunda caverna que fica a menos de 50 metros da que não existe mais”

   Nota de esclarecimento Patrimônio Mineração

   A Patrimônio Mineração vem a público reafirmar seu compromisso com a legalidade, o respeito à comunidade e a promoção de um desenvolvimento econômico sustentável e responsável. Nossa atuação é pautada por valores como a transparência, a segurança e a preservação do meio ambiente, além da valorização do rico patrimônio histórico e cultural da região. 

   A Mina Patrimônio passou por um rigoroso processo de licenciamento ambiental, que durou cerca de cinco anos, com a realização de estudos técnicos completos, elaborados por profissionais especializados e aprovados pelos órgãos ambientais competentes. Isso resultou na emissão da licença ambiental e demais autorizações necessárias para o início de suas atividades. 

   O empreendimento em questão está situado em uma área com concessão de lavra outorgada desde 1956, com histórico de extração em décadas anteriores. Atualmente, o empreendimento é classificado como Classe 3, de médio porte, exigindo a apresentação de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), bem como todos os demais estudos específicos relacionados ao enquadramento do processo. 

    Ressaltamos que notícias falaciosas não geram emprego, renda, impostos e benefícios à sociedade.
Seguimos trabalhando com seriedade e comprometimento. 

   Diante de toda a repercussão sobre a situação de um possível impacto ao patrimônio espeleológico, esclarecemos que estamos apurando o caso minuciosamente junto a profissionais capacitados. Estamos abertos a esclarecer quaisquer dúvidas à população e, tão logo, teremos um diagnóstico preciso do ocorrido.

   Acreditamos que juntos podemos construir um futuro próspero, seguro e sustentável.

 

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