Conheça quais são as dificuldades que Ronaldo enfrenta para assumir a presidência da CBF

Fev 25, 2025 - 14:54
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Conheça quais são as dificuldades que Ronaldo enfrenta para assumir a presidência da CBF
Possivel candidato a presidente da CBF Ronaldo Fenomeno

Ronaldo Fenômeno enfrenta dificuldades para viabilizar sua candidatura à presidência da CBF. Apesar de ter manifestado publicamente sua intenção há pouco mais de dois meses, ele esbarra nas barreiras políticas da entidade, que favorecem quem já está no poder atualmente, Ednaldo Rodrigues.

O ex-jogador expressou sua insatisfação com o processo eleitoral em uma carta enviada à FIFA, à Conmebol, à própria CBF, além de clubes e federações. No documento, Ronaldo criticou o modelo vigente, afirmando que ele "dificulta (quiçá, impede) o surgimento de candidaturas alternativas".

A eleição para o comando da CBF ainda não tem data definida, mas os bastidores seguem movimentados, com Ednaldo buscando apoio para sua continuidade e Ronaldo tentando driblar os desafios políticos para, ao menos, conseguir registrar sua candidatura.

Ronaldo Fenômeno ainda não conseguiu angariar apoio formal das federações estaduais, principal categoria de eleitores da CBF. Sem esse respaldo, sua candidatura segue fragilizada.

Mesmo após uma reunião com Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Ronaldo saiu sem garantias de apoio na eleição. O cenário reforça a dificuldade de romper com o modelo político da entidade, que tradicionalmente favorece quem já está no poder. Para viabilizar sua candidatura, o ex-jogador precisará reverter esse quadro e conquistar aliados estratégicos nos bastidores da CBF.

O estatuto da CBF impõe barreiras significativas para candidaturas de oposição. Para registrar uma chapa, um candidato precisa do apoio mínimo de quatro federações estaduais e quatro clubes. Essa exigência é conhecida como "cláusula de barreira" e dificulta o surgimento de alternativas ao nome da situação.

Além disso, as federações estaduais possuem peso três no voto, o que lhes confere um poder decisivo na eleição. Na prática, se todas elas estiverem alinhadas com o candidato da atual gestão, conseguem vencer a disputa sem depender dos clubes.

Os 40 clubes das Séries A e B poderiam, em teoria, bloquear a candidatura da situação se agissem de forma unificada. No entanto, esse cenário é altamente improvável, dado o histórico de fragmentação política entre os clubes e a influência que a CBF exerce sobre eles.

Ronaldo enfrenta dificuldades para viabilizar sua candidatura à presidência da CBF. Sem apoio formal das federações estaduais e sem retorno significativo dos clubes, ele esbarra no modelo eleitoral da entidade, que favorece quem já está no poder. Além disso, a data da eleição, que pode ser marcada a partir de 23 de março, ainda não foi definida, e Ednaldo Rodrigues controla esse cronograma. Para tentar garantir mais transparência, Ronaldo solicitou que a data seja anunciada com pelo menos um mês de antecedência.

 

 

 

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