Entenda a paralização feita por servidores do João XXIII

O atendimento aos pacientes internados no Hospital Pronto-Socorro João XXIII ocorre em escala reduzida nesta terça-feira (22 de abril). Dezenas de servidores da unidade aderiram a uma paralisação de 12 horas e estão ausentes de seus postos de trabalho. Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), a maioria dos profissionais que participam do ato integra a equipe multiprofissional — como técnicos de enfermagem, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais. Como a saúde é considerada um serviço essencial, as cirurgias de emergência estão mantidas, mas os procedimentos agendados para esta terça-feira foram cancelados. A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) afirmou que acompanha o caso e está aberta a dialogar com os servidores.
Cerca de 50% dos servidores aderiram à paralisação, a diretora do Sind-Saúde/MG Luciana da Conceição Silva, afirma que os funcionários estão sobrecarregados pois, antes o Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), costumava funcionar como retaguarda do João XXIII, assumindo parte das cirurgias de traumato-ortopedia e bucomaxilofacial, mas após ter o seu bloco fechado em dezembro de 2024,o João XXIII se sobrecarregou com mais de 200 procedimentos mensais. O acúmulo de demandas tem durado mais tempo que o esperado, uma vez que, em março, foi iniciado um processo de terceirização da gestão do HMAL, o qual está paralizado por liminar do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG). Se a situação permanecer, Luciana afirma que os servidores entrarão em greve.
Devido a sobrecarga de trabalho, muitas cirurgias de caráter não urgente estão sendo adiadas e pacientes estão esperando bem mais tempo para serem atendidos.
O Estado afirmou que os serviços essenciais estão mantidos no pronto-socorro, com escala de servidores para garantir o atendimento de urgência, inclusive no bloco cirúrgico. Além disso, reiterou o “compromisso com o diálogo aberto e transparente com os servidores".
“Em função da paralisação de servidores, nesta terça-feira (22/4), os procedimentos programados estão, temporariamente, suspensos e seguem em acompanhamento”, disse a Fhemig por meio de nota.
Fonte: O Tempo
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