“Esqueceram o que aconteceu com Napoleão?” Diz Putin sobre o depoimento de Macron

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, respondeu nesta quinta-feira (6) às declarações feitas pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que no dia anterior classificou a Rússia como uma ameaça para a Europa e sugeriu a possibilidade de estender a proteção do arsenal nuclear francês a outros países do continente. Em tom desafiador, Putin afirmou que "algumas pessoas parecem ter esquecido o destino de Napoleão", fazendo uma referência histórica à fracassada invasão da Rússia pelo imperador francês no século XIX.

Putin fez alusão a Napoleão Bonaparte, o imperador francês que, em 1812, liderou seu exército em uma invasão à Rússia, chegando a ocupar Moscou. No entanto, a campanha terminou em desastre, com as tropas francesas sendo forçadas a uma retirada caótica durante o rigoroso inverno russo, resultando em enormes perdas humanas.

Em declarações transmitidas pela televisão, o líder do Kremlin afirmou: “Ainda há pessoas que desejam reviver os tempos de Napoleão, esquecendo como tudo terminou.” Embora não tenha citado diretamente o presidente francês Emmanuel Macron, sua mensagem parecia uma resposta indireta às recentes falas do líder europeu.

Na manhã desta quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que as declarações do presidente francês sobre o uso de armas nucleares representavam uma ameaça direta à segurança russa. Segundo Lavrov, a retórica adotada por Emmanuel Macron eleva as tensões na Europa e pode ter consequências perigosas para a estabilidade global.

O Kremlin rejeitou de forma veemente as propostas europeias de enviar forças de paz para a Ucrânia, considerando-as inaceitáveis. Para Moscou, o discurso de Macron foi interpretado como altamente confrontacional, deixando claro que o presidente francês, na visão russa, está interessado em prolongar o conflito na Ucrânia. Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, destacou que as declarações feitas por Macron representavam uma ameaça direta à segurança russa, exacerbando as tensões e colocando em risco a estabilidade da região.