Prefeito de Belo Horizonte morre aos 77 anos

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), faleceu nesta quarta-feira (26), aos 77 anos, após complicações de um Linfoma não Hodgkin, doença que ele enfrentava desde o ano passado. Noman estava internado na UTI do Hospital Mater Dei desde 3 de janeiro e, na noite de terça-feira (25), sofreu uma parada cardiorrespiratória e também enfrentava insuficiência renal aguda.

Apesar de o linfoma ter apresentado remissão em exames anteriores, o tratamento quimioterápico enfraqueceu seu sistema imunológico, o que contribuiu para o agravamento do quadro. Fuad Noman também tinha comorbidades, como arritmia cardíaca, e desenvolveu problemas neurológicos nos últimos meses, o que resultou em dificuldades para falar, deglutir e se movimentar.

A morte ocorreu às 11h27 e representa uma grande perda para a cidade de Belo Horizonte, onde ele estava à frente da prefeitura.

Fuad Noman chegou a ser reanimado após sofrer a parada cardiorrespiratória, mas, infelizmente, evoluiu para um quadro de choque cardiogênico, condição em que o coração não consegue manter sua principal função de bombear o sangue de maneira eficaz para o corpo e os pulmões. Diante dessa complicação, o prefeito precisou de doses elevadas de medicamentos vasoativos, que ajudam a regular a dilatação dos vasos sanguíneos, e inotrópicos, que alteram a força de contração do coração, mas seu estado não se estabilizou.

Esse quadro crítico foi uma das complicações finais do seu longo enfrentamento contra o Linfoma não Hodgkin, que enfraqueceu seu sistema imunológico e afetou diversos órgãos.

Fuad Noman enfrentou uma série de complicações relacionadas ao seu tratamento contra o Linfoma não Hodgkin ao longo dos últimos meses. Em julho de 2024, ele revelou estar em tratamento para o câncer, após já ter passado por cirurgia e iniciado a quimioterapia. Em outubro, ele anunciou ter sido liberado para seguir com o acompanhamento permanente, após a última sessão de quimioterapia.

No entanto, sua saúde continuou fragilizada. Em novembro, ele foi internado por cinco dias devido a dores nas pernas causadas pelos efeitos colaterais do tratamento. Em dezembro, o prefeito enfrentou uma série de internações, sendo hospitalizado por pneumonia e sinusite, seguido por um quadro de diarreia e desidratação, que evoluiu para um sangramento intestinal devido ao uso de anticoagulantes. Após essas internações, ele foi liberado, mas a saúde de Noman não se estabilizou.

Em janeiro de 2025, Fuad voltou ao hospital com insuficiência respiratória aguda, o que levou à necessidade de ventilação mecânica. A situação evoluiu para as complicações que resultaram em seu falecimento nesta quarta-feira (26), após uma parada cardiorrespiratória.