Putin desconsidera cessar-fogo sem antes discutir termos com os EUA

O presidente russo, Vladimir Putin, manifestou nesta quinta-feira (13) seu apoio, em princípio, ao cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos e aceito pela Ucrânia, visando interromper a guerra que já se estende por três anos. Contudo, Putin destacou a necessidade de discutir detalhes específicos do acordo para assegurar uma paz duradoura e resolver as causas subjacentes do conflito.
Esta foi a primeira declaração pública de Putin sobre o acordo estabelecido entre ucranianos e americanos na Arábia Saudita, na terça-feira (11), sob a mediação do presidente dos EUA, Donald Trump. Putin expressou disposição para dialogar com os americanos sobre os termos da proposta antes de se comprometer com qualquer interrupção nos combates.
Putin enfatizou que é essencial abordar e eliminar as causas originais da crise e mostrou ceticismo quanto à duração de 30 dias da trégua sem um acordo completo. Ele também expressou disposição para dialogar com o presidente Trump e levantou a possibilidade de que empresas internacionais retornem à Rússia se as sanções forem suspensas. Além disso, Putin questionou como garantir que o cessar-fogo não seja violado, ressaltando a dificuldade de monitorar uma linha de frente de 2.000 quilômetros.
O presidente dos EUA, Donald Trump, expressou esperança de que a Rússia aceite a proposta de cessar-fogo, mas reconheceu a existência de "sérias questões" que precisam ser resolvidas para alcançar uma paz duradoura.
Enquanto isso, ministros da defesa europeus estão discutindo possíveis contribuições para uma força de segurança que assegure a estabilidade na Ucrânia durante o cessar-fogo. A comunidade internacional aguarda ansiosamente os desdobramentos dessas negociações, na esperança de que levem ao fim do conflito e ao restabelecimento da paz na região.
A Rússia deixou claro que adotará uma posição mais rígida no início das negociações sobre os termos do cessar-fogo proposto pelos EUA, visando um possível fim para o conflito iniciado por Putin em 2022.
Embora o presidente russo tenha indicado que conversará com seu homólogo americano, essa reunião não ocorrerá nesta quinta-feira (13), como especulado inicialmente. "Eu devo ter de conversar com o presidente Trump", afirmou Putin, agradecendo tanto o líder americano quanto os chefes de Estado de países do Brics, como Brasil, China e África do Sul, pelos esforços diplomáticos para alcançar a paz.
Enquanto isso, Steven Witkoff, enviado especial de Trump para o Oriente Médio e principal negociador do cessar-fogo, desembarcou em Moscou nesta quinta-feira. De acordo com a mídia russa, ele deverá se reunir com Putin para avançar nas discussões.
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