Servidores de Poços de Caldas entram em greve; 67 unidades aderem à paralisação

A greve dos servidores públicos de Poços de Caldas teve início na quarta-feira, 5 de março, e já conta com a adesão parcial de 67 unidades escolares, de saúde e de outros serviços públicos da cidade. A paralisação não foi total, pois nem todos os profissionais da área pública aderiram ao movimento. A decisão foi tomada durante uma assembleia realizada no dia 27 de fevereiro, no estacionamento do Centro Administrativo, e confirmada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserv).
Reivindicações dos servidores
Os servidores municipais reivindicam um reajuste salarial de 11,8% e um aumento do vale-alimentação para R$ 1.000, alegando a necessidade de recomposição salarial diante da inflação. No entanto, a Prefeitura apresentou uma proposta de reajuste de 5% e um aumento do vale para R$ 770, condicionado à revogação de algumas cláusulas de acordos coletivos anteriores. A oferta foi rejeitada pelos servidores, resultando na deflagração da greve.
Locais que aderiram à greve
Até o momento, 67 unidades de ensino, saúde e outros serviços já aderiram à paralisação. Confira a lista completa:
Educação
1. Escola Municipal Dr. Pedro Afonso Junqueira
2. Escola Municipal Professor Julio Bonazzi
3. Colégio Municipal Dr. José Vargas de Souza
4. Escola Municipal Wilson Hedy Molinari
5. Escola Municipal José Raphael dos Santos Netto
6. Escola Municipal João Pinheiro
7. Escola Municipal Professor Washington Luiz
8. Escola Municipal Professora Nicolina Bernardo
9. Escola Municipal Alvino Hosken de Oliveira
10. Escola Municipal Professor Antonio Sérgio Teixeira
11. Escola Municipal Doutor Haroldo Affonso Junqueira
12. Escola Municipal Dona Mariquinhas Brochado
13. Conservatório Musical Antonio Ferrucio Viviani
14. Centro Municipal de Língua Estrangeira
Centros de Educação Infantil (CEIs)
15. CEI Conceição Aparecida Miguel
16. CEI Acalanto
17. CEI Santo André
18. CEI Padre Daniel Patrick Meehan
19. CEI Charque
20. CEI Maria do Rosário Bastos
21. CEI São Francisco
22. CEI Professora Maria José Brandão Risola
23. CEI Professor Paulo Rodrigues Rosa
24. CEI CAIC
25. CEI Milo Carli Mantovani
26. CEI Santa Terezinha
27. CEI Lápis de Cor
28. CEI Arco Íris
29. CEI Pingo de Gente
30. CEI Sônia Maria Saraiva
31. CEI Maria do Rosário Bastos – anexo
32. CEI Rotary Club
33. CEI São Paulo
34. CEI Aureliano Miranda de Carvalho
35. CEI Dona Palmira e Morello Mencarini
36. CEI Mariinha
37. CEI Professora Maria Cláudia Prezia Machado
38. CEI Professora Orcy Bento Gonçalves Cardoso
39. CEI Caminho da Luz
40. CEI Professora Julieta Martins Brigagão
41. Espaço Corporativo de Aprendizagem Horizonte – ECAH
Saúde
42. PSF Parque Esperança
43. PSF Parque Esperança III
44. PSF Jardim Kennedy
45. PSF Cascatinha
46. PSF Santa Angela
47. PSF São Bento
48. PSF Caio Junqueira
49. PSF Dom Bosco II
50. PSF São Sebastião
51. ESF Santa Angela
52. ESF Flores
53. ESF Vila Menezes
54. ESF Vila Nova
55. UBS Regional Sul
56. UBS Regional Leste
57. Hospital Municipal Vereador Gilberto de Matos – HZL
58. Hospital Municipal Margarita Morales
59. Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
60. Policlínica Sul
61. CAPS I
Outros serviços públicos
62. CREAS
63. Secretaria de Habitação
64. Programa Municipal da Juventude São José
65. Programa Municipal da Juventude Santa Maria
66. Programa Municipal da Juventude João Monteiro
67. Centro de Referência da Assistência Social (CRAS)
Esclarecimentos do Sindserv
A presidente do Sindserv, Greice Keli, e o assessor jurídico Pedro Lourenço esclareceram dúvidas sobre a greve em um vídeo nas redes sociais do sindicato.
· Desconto de ponto: Segundo Lourenço, o desconto dos dias parados deve ser aplicado, mas o sindicato buscará reverter essa decisão na Justiça. Ele também ressaltou que as faltas motivadas pela greve não são consideradas injustificadas.
·
· Procedimentos para adesão: Greice orientou que os servidores informem suas chefias sobre a adesão à greve, preferencialmente por escrito. Aqueles que registram ponto manualmente devem anotar que a ausência foi devido à paralisação, enquanto os que utilizam ponto eletrônico devem evitar a marcação nos dias de greve.
A presidente do Sindserv reforçou que a adesão em massa é fundamental para pressionar a Prefeitura a negociar melhores condições salariais e benefícios.
Posição da Prefeitura
Em coletiva de imprensa realizada na tarde de quarta-feira (5), o prefeito Paulo Ney reafirmou que não atenderá às reivindicações dos servidores, alegando que a greve tem um caráter político. Segundo ele, apenas 5% dos servidores aderiram à paralisação, o que indicaria baixa adesão ao movimento.
A administração municipal argumenta que já atingiu o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e que conceder um reajuste maior poderia comprometer as contas públicas, afetando pagamentos futuros, como salários e o 13º. “Se ultrapassarmos esse índice, poderemos enfrentar dificuldades para pagar salários em dia”, justificou o prefeito.
A Prefeitura também destacou que os servidores que aderirem à greve terão os dias parados descontados, conforme prevê a legislação. “Não podemos pagar por dias não trabalhados, isso não é uma decisão política, mas uma exigência legal”, afirmou Paulo Ney.
Impactos e negociações
Com a paralisação já afetando serviços essenciais, como creches e unidades de saúde, a Prefeitura informou que está monitorando a situação e buscará minimizar os transtornos para a população. O Sindserv, por sua vez, mantém o apoio ao movimento grevista e defende a reabertura das negociações.
A greve segue por tempo indeterminado, e novos desdobramentos devem ocorrer nos próximos dias.
Fonte: https://sulminastv.com.br/servidores-de-pocos-de-caldas-entram-em-greve-67-unidades-aderem-a-paralisacao/
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