Uma breve história dos palitos Gina: De ícone publicitário às causas sociais

 A empresa inicialmente fazia manutenção de máquinas, depois mudou para moinhos e fecularia, e após para torrefação de café, até chegar na tão conhecida fábrica de palitos. O nome Gina foi dado em homenagem a Rosa Del Nero Rela, Dona Gina era como a família carinhosamente chamava a matriarca. E assim, dona Rosa, ou dona Gina, foi parar na caixa do produto. 

 Ainda na década de 1950, primeiramente foram fabricados palitos de sorvete. Os chamados palitos de dente, que eles chamam de “roliços”, vieram depois. 

 A marca foi divulgada pela agência Diagrama e a modelo utilizada foi a modelo e atriz polonesa Zofia Burk, 29 anos, desde os cinco no Brasil. Ela era costumeira em propagandas e em papéis na tv e no cinema.

 Hoje, os palitos Gina vêm de fora, da China, devido aos altos impostos, aqui seu custo de produção fica muito elevado. A madeira utilizada é a bétula que é semelhante à araucária e vem da Sibéria. Espetos e varais são fabricados na unidade de Nova Ponte (MG). O faturamento máximo é de R$ 54 milhões ao ano (e no mínimo R$ 30 milhões). Os palitos respondem por quase 70%. As vendas aumentam no verão, quando os palitinhos são usados para beliscar aperitivos. 

 Com a chegada das redes sociais a Gina virou personagens, adaptada aos momentos: Gina Natalina, Gina Criativa, Gina Junina, Bloco da Gina e outros temas nessa linha. Ganhou paródias também, como a Gina Indelicada, ainda nos tempos de Orkut. E decidiu se engajar em causas sociais e campanhas de prevenção, como Outubro Rosa e Novembro Azul, com a caixinha-paliteiro mudando o visual e adaptada às cores de cada mobilização.

 Gina também firmou parceria com a ONG Mães da Sé, para divulgar fotografias de pessoas desaparecidas. As embalagens de palitos, passaram a estampar imagens de desaparecidos. No total, 126, em três campanhas realizadas até agora.

Fonte: Diário do Comércio